do Cidade Verde
O crescimento do número de jovens viciados em drogas em Teresina, especialmente no crack, tem provocado o aumento da demanda por atendimento no Centro de Atenção Psicossocial para Dependentes de Álcool e outras Drogas (CAPS AD), vinculado à Fundação Municipal de Saúde (FMS) da Prefeitura de Teresina. O centro atende diariamente uma média de 80 usuários de drogas dispostos a se livrarem do vício e recebe cerca de 20 novas inscrições a cada dia.
Instalado em novo prédio, localizado na Rua Area Leão, 1121 - bairro Nossa Senhora das Graças (zona Sul), o CAPS AD assiste mais de 2.800 pessoas, que estão devidamente cadastradas. Segundo a enfermeira Georgia Ribeiro, uma das coordenadoras da equipe técnica multidisciplinar, a entidade vem registrando atualmente uma demanda reprimida em decorrência do aumento da procura por atendimento.
“Os usuários costumam vir por conta própria, encaminhados pelos hospitais psiquiátricos ou pela Justiça, e todos que nos procuram são acolhidos, sem restrições”, assegura a enfermeira, acrescentando que a inscrição é garantida para pessoas com idade a partir dos 16 anos. “Mas temos hoje uma jovem de 14 anos que enfrenta sérios problemas com a droga”, revela.
De acordo com Geórgia Ribeiro, a maior procura por apoio é de usuários de álcool e crack, este último formado por grupos de jovens, a maioria com menos de 30 anos de idade. “Estes, geralmente, já usaram outros tipos de drogas”, informa. O tratamento é contínuo e a pessoa é livre para continuar frequentando o local, mesmo depois que esteja com sua dependência sob controle ou em situação estabilizada.
“Consideramos o tratamento satisfatório quando o usuário passa pelo menos um ano sem nenhuma recaída e o melhor resultado positivo nesse sentido é registrado entre os dependentes químicos do álcool”, adianta a enfermeira.
O CAPS AD oferece serviços de clínica médica, psiquiatria, enfermagem, assistência social, terapia ocupacional, psicologia e nutrição.
Objetivos dos CAPS
Segundo o Ministério da Saúde, os Centros de Atenção Psicossocial têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao hospital psiquiátrico no país. São considerados serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário.
Seu objetivo é realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Podem ser de tipo I, II, III, Álcool e Drogas e Infanto-juvenil (Capsi).
Teresina conta atualmente com uma unidade do tipo III e quatro do tipo II, que formam a rede de atendimento de saúde mental, direcionado a quem tem problemas psíquicos, além de um Caps AD.
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