domingo, 21 de março de 2010

A praga do crack

Do Água Boa News

Pensava-se que o mal do século seria uma doença grave, talvez uma pandemia, mas caminha para ser um problema de saúde materializado em pedras de drogas. O crack pode ser o que muitos anunciam como “o mal do século”. Claro, a droga existia no século passado, e naquela época já era um tormento, mas está se intensificando. Pelas ruas das cidades grandes, usuários do subproduto da cocaína andam quais zumbis, mas a praga se espalhou por todos os municípios, inclusive os menores.

Os viciados procuram o crack como uma fuga dos problemas, uma busca pela liberdade ilusória. Depois da primeira tragada, a suposta liberdade torna-se uma prisão perpétua. O indivíduo perde o livre arbítrio e passa a viver tão e somente para a droga. Acorda e dorme pensando no crack, todas as ações têm como objetivo adquirir mais uma dose. A família e o emprego tornam-se secundários, até não exercerem qualquer influência.
Não tenho dúvida: lugar de bandido é na cadeia. O problema é que o viciado em crack, aquele que vive pairando pelas ruas, não é bandido, mas doente. O Brasil se emocionou, dias atrás, quando uma mãe acorrentou o próprio filho como último recurso para afastá-lo das drogas. As correntes tomaram o lugar dos remédios e do acompanhamento psicológico porque o viciado não pode ser internado se não quiser. Falta entender como alguém que tem na droga o único propósito de vida irá aceitar ficar longe do crack de bom grado...

Para tentar encontrar uma solução para o problema, realizei no Twitter (twitter.com/demostenes_go) uma série de audiências públicas com pessoas de todo país para discutir a questão das drogas, especificamente o crack. O resultado foi uma minuta de projeto de lei, disponível em meu site (www.demostenestorres.com), que visa garantir a internação compulsória para tratamento médico do viciado em crack. Agora fique tranqüilo, malandro não poderá se beneficiar da lei caso ela seja aprovada. Uma junta médica irá avaliar cada caso, levando em consideração os antecedentes, as circunstâncias sociais e pessoais do indivíduo. Leia a minuta no site, vamos debater no Twitter. As drogas são um problema de toda a sociedade, quer queiramos ou não, e juntos vamos resolvê-lo.

*Demóstenes Lázaro Xavier Torres - é Senador da República (DEM-GO).

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