domingo, 21 de março de 2010

Eles sabem dizer não às drogas

Do Clic RBS

Projeto de escola estadual de Joinville ganha prêmio em programa de prevenção ao uso de entorpecentes

Ganhadora do Prêmio Projeto Destaque do Programa Viva Sem Drogas, a Escola de Educação Básica Olavo Bilac, em Joinville, mostra que é possível conscientizar alunos e comunidade sobre os riscos dos entorpecentes. Segundo os campeões, o trabalho é lento, mas o resultado vale a pena. O programa de prevenção é uma parceira entre a Secretaria Estadual de Educação e o Grupo RBS.

Com o Projeto a Vida é Nossa Maior Viagem, Não Jogue seu Passaporte no Lixo. Diga não às drogas!”, professores, alunos e voluntários se engajaram em uma proposta diferente para chamar a atenção dos estudantes sobre o vício que pode matar.

O trabalho começou após uma pesquisa envolvendo com cerca de 300 alunos para saber se eles tinham conhecimento de que parentes teriam usado algum tipo de entorpecente e se eles mesmos já haviam experimentado (veja resultado abaixo).

A pesquisa apontou que menos da metade já experimentou maconha, cocaína, crack entre outras drogas. “A partir daí, a gente viu que tinha de abraçar a causa. Por isso, a partir de agora, a meta é envolver os pais. A estrutura da família é a base para os filhos”, destaca a diretora Noeli Auler.

A proposta foi colocada em prática durante cerca de dois meses. O tempo pode parecer curto, mas foi o suficiente para atingir aos cerca de mil alunos da instituição, planejar atividades diferenciadas sobre o assunto e influenciar comportamentos.

Todos os professores fizeram, de alguma forma, o aluno refletir sobre a prevenção e o não uso da droga (veja quadro). “Coletamos e analisamos diferentes dados para mostrar de uma forma completa o que é a droga e o que ela causa”, conta a diretora Noeli.

Para que o trabalho fosse completo, foi criada uma brigada antidrogas, formada por professores, alunos – dois do ensino fundamental e dois do ensino médio – e por uma amiga da escola. Foram organizadas ações no colégio. Durante as atividades, foram apresentados filmes, palestras, debates e peças de teatro. “Quando há conhecimento fica melhor prevenir”, defende a amiga da escola, Mara Aparecida Carvalho, 47 anos.

Durante o desenvolvimento do projeto, o aluno da 8ª série Felipe Pereira Evaldt, 13 anos, já percebeu diferença no comportamento dos colegas. “A gente sabe que o assunto não é discutido tão abertamente entre o pessoal. Quando teve teatro e palestra, melhorou bastante. Todos aprendem e conversam mais, muda o comportamento”, completa Felipe.

Entre as mudanças, é possível destacar, segundo a diretora Noeli, que valores como respeito e cuidado com a escola foram as principais mudanças percebidas nos estudantes.

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