Do Clic RBS
Projeto de escola estadual de Joinville ganha prêmio em programa de prevenção ao uso de entorpecentes
Ganhadora do Prêmio Projeto Destaque do Programa Viva Sem Drogas, a Escola de Educação Básica Olavo Bilac, em Joinville, mostra que é possível conscientizar alunos e comunidade sobre os riscos dos entorpecentes. Segundo os campeões, o trabalho é lento, mas o resultado vale a pena. O programa de prevenção é uma parceira entre a Secretaria Estadual de Educação e o Grupo RBS.
Com o Projeto a Vida é Nossa Maior Viagem, Não Jogue seu Passaporte no Lixo. Diga não às drogas!”, professores, alunos e voluntários se engajaram em uma proposta diferente para chamar a atenção dos estudantes sobre o vício que pode matar.
O trabalho começou após uma pesquisa envolvendo com cerca de 300 alunos para saber se eles tinham conhecimento de que parentes teriam usado algum tipo de entorpecente e se eles mesmos já haviam experimentado (veja resultado abaixo).
A pesquisa apontou que menos da metade já experimentou maconha, cocaína, crack entre outras drogas. “A partir daí, a gente viu que tinha de abraçar a causa. Por isso, a partir de agora, a meta é envolver os pais. A estrutura da família é a base para os filhos”, destaca a diretora Noeli Auler.
A proposta foi colocada em prática durante cerca de dois meses. O tempo pode parecer curto, mas foi o suficiente para atingir aos cerca de mil alunos da instituição, planejar atividades diferenciadas sobre o assunto e influenciar comportamentos.
Todos os professores fizeram, de alguma forma, o aluno refletir sobre a prevenção e o não uso da droga (veja quadro). “Coletamos e analisamos diferentes dados para mostrar de uma forma completa o que é a droga e o que ela causa”, conta a diretora Noeli.
Para que o trabalho fosse completo, foi criada uma brigada antidrogas, formada por professores, alunos – dois do ensino fundamental e dois do ensino médio – e por uma amiga da escola. Foram organizadas ações no colégio. Durante as atividades, foram apresentados filmes, palestras, debates e peças de teatro. “Quando há conhecimento fica melhor prevenir”, defende a amiga da escola, Mara Aparecida Carvalho, 47 anos.
Durante o desenvolvimento do projeto, o aluno da 8ª série Felipe Pereira Evaldt, 13 anos, já percebeu diferença no comportamento dos colegas. “A gente sabe que o assunto não é discutido tão abertamente entre o pessoal. Quando teve teatro e palestra, melhorou bastante. Todos aprendem e conversam mais, muda o comportamento”, completa Felipe.
Entre as mudanças, é possível destacar, segundo a diretora Noeli, que valores como respeito e cuidado com a escola foram as principais mudanças percebidas nos estudantes.
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