Durante o evento, os profissionais assistiram a palestras e participaram também de ações práticas para desenvolver com os fumantes. Segundo explicou o coordenador do Programa de Controle de Tabagismo de Barra Mansa, Sérgio Mutilo Conti, o curso foi destinado a médicos, enfermeiros e psicólogos da Secretaria de Saúde de Barra Mansa e de outros municípios da região. O objetivo, de acordo com o coordenador, é capacitar os profissionais de saúde e ampliar o atendimento aos fumantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) das cidades participantes.
O curso, entre outros temas, discutiu assuntos como dependência do cigarro, abordagem cognitivo-comportamental, ambiente livre do tabaco, tratamento medicamentoso e legislação específica. O coordenador do programa de Barra Mansa informou ainda que o curso é um dos passos para preparar os municípios para um ambiente sem tabaco. “O objetivo é reduzir a aceitação social do tabagismo entre a população, reduzir os estímulos para que os jovens comecem a fumar e proteger a população dos riscos da exposição ao tabaco. E para isto é preciso fornecer apoio psicológico e medicamentos para que os municípios possam auxiliar as pessoas no combate ao tabaco”, explica.
TREINAMENTO NECESSÁRIO
O coordenador explicou que foi um treinamento necessário para preparar os profissionais da saúde para que esses desenvolvam bem o trabalho com os assistidos pelos programas antitabagismo. “Todas as cidades receberam convite para participar. Barra Mansa foi escolhida para ser sede do encontro pelo fato de já desenvolver esse tipo de trabalho através do Programa Antitabagismo”, conta, ressaltando que na primeira parte os convidados assistiram a palestras com a coordenadora estadual do Programa de Tabagismo, Sabrina Presma.
Ainda de acordo com o coordenador do Programa Antitabagismo de Barra Mansa, para implantar a abordagem e tratamento do tabagismo na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), os municípios deverão criar núcleos de apoio psicológico e o projeto de efetivação do programa. Além disso, deverão cadastrar os interessados em aderir o programa e articular a criação de uma legislação municipal, caso não tenham, para controle do tabagismo.
Segundo dados das secretarias de Saúde participantes, há muitos anos não se tem mais dúvidas quanto ao fato do tabagismo ser importante fator de risco para um grande número de doenças. Por isso, é preciso preparar os profissionais de saúde para auxiliar o fumante a deixar o vício, seja através de grupos terapêuticos ou de tratamento medicamentoso.
LEVANTAMENTO
Segundo levantamento recente, dos cerca de 1,25 bilhões de fumantes no mundo, cerca de 30 milhões são brasileiros. O fumo é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão e está ligado à origem de tumores malignos na boca, laringe, pâncreas, rins e bexiga, além do pulmão, colo do útero e esôfago.
Por isso a Secretaria Estadual de Saúde (SES) desenvolve o Programa de Prevenção Primária do Câncer e seus Fatores de Risco, que em parceria com Ministério da Saúde e as secretarias municipais, capacita e apoia profissionais de saúde para combater o consumo de tabaco. Os programas são responsáveis pelas políticas de Saúde que visam reduzir a exposição dos cidadãos aos fatores de risco de câncer. Como o tabagismo é maior fator para a ocorrência da doença, a principal ação do programa é disponibilizar tratamento aos que desejam parar de fumar. Além disso, o programa realiza ações educativas e de prevenção, como campanhas de comunicação de massa e ações nas unidades de saúde, escolas e ambientes de trabalho.
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