domingo, 11 de abril de 2010

Internação compulsória

Do Click RBS

É preciso uma política pública de tratamento. Faz 15 anos que o crack ganhou notoriedade e até hoje não há essa política. O Ministério da Saúde tem uma visão totalmente equivocada de ceder essa tarefa aos Caps, que são poucos e não têm um método pré-definido de trabalho nem a possibilidade de internação. Muitos Caps adotam a estratégia de “redução de danos” que não se adequa ao usuário de crack.

Significa, por exemplo, compensar a falta da droga com outras menos graves, como a maconha. Fora isso, não há quase nada de oferta ambulatorial, programas de assistência à família do dependente químico, distribuição de medicações (que, no caso do crack, ajudam muito na reabilitação), de busca ativa de pacientes que abandonam o tratamento ou mesmo de vagas para internações voluntárias. A família que tem dinheiro interna o parente em uma clínica particular – nenhum pai quer ver seu filho indo para o ralo sem fazer nada. O fato de o Sistema Único de Saúde não oferecer o serviço de internação involuntária é uma desassistência, uma omissão em relação às pessoas que dependem do SUS.

Pesquisas nos EUA mostram que uma internação, para ser efetiva, não tem de ser voluntária. É uma política ingênua achar que o usuário de crack nunca vai precisar de internações. Os leitos custam caro ao Estado, mas a pessoa sem tratamento acaba custando ainda mais. Em SP, o Estado, à revelia da União, uma unidade pública de atendimento a dependentes. Cada dia de internação custa R$ 100, mas devido à gravidade da situação, é preciso uma equipe grande e capacitada para lidar com casos complexos.

sábado, 10 de abril de 2010

Impostos e crise provocam recessão... no consumo de tabaco

Do IOnline 

O consumo de tabaco está a diminuir em Portugal. Os impostos são elevados e encarecem o preço final do produto, aumentaram as proibições ao fumo em espaços públicos, alargou-se a percepção de que o tabaco prejudica a saúde, mas parece que a crise veio reforçar ainda mais a noção de que fumar (um produto caro) é, cada vez mais, um "luxo" pouco compatível com os tempos de crise.

Um estudo da Direcção-Geral de Saúde (DGS), divulgado esta semana, conclui entre 2007 (antes da nova lei do tabaco entrar em vigor) e 2009, registou-se uma quebra de 11% nas entradas de cigarros no mercado português. Comparando com a situação em 2008, os números citados pela DGS (fornecidos pela Associação Nacional de Grossistas), mostram que a entrada de cigarros até subiu ligeiramente (cerca de 2%), mas não recuperou do embate que o novo ambiente de restrição - legal e financeira - teve nos hábitos dos consumidores, sobretudo dos que já fumam.

Lula encomenda plano integrado de combate às drogas

Do G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encomendou nesta sexta-feira (9) aos ministérios da Educação, Saúde, Justiça, e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), um plano integrado de combate às drogas. A informação foi divulgada pelo secretário Nacional de Políticas sobre Drogas do GSI, general Paulo Roberto Uchôa, e pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Os dois se reuniram com Lula nesta noite.

Segundo Uchôa, o foco do projeto será a luta contra o crack, cujo consumo vem aumentando no país. De acordo com Barreto, em 2009 foram apreendidos 4,5 mil quilos de crack. Em 2008, a quantidade apreendida da droga foi 500 quilos. O plano deverá ser apresentado em 15 dias pelos ministérios, que terão os trabalhos coordenados pelo GSI.

“A política de combate às drogas existente hoje é moderna, mas o presidente entende que é imprescindível que as políticas públicas setoriais estejam alinhadas com a política nacional de combate às drogas”, disse Uchôa.

Um dos objetivos do plano, segundo o general, é traçar diretrizes específicas para o combate ao crack. De acordo com ele, atualmente o número de consumidores da droga está condensado nos dados sobre usuários de cocaína.

Para o general, é preciso uma análise específica do perfil dos consumidores de crack para se avançar no combate à droga. “Não se tem ainda definido o tratamento específico para o viciado em crack. Estamos fazendo levantamento para saber o número específico de usuários”, disse.

O ministro da Justiça afirmou que entre as ideias analisadas para o novo plano estão formas de identificar os usuários, atendimento de saúde em casa e áreas de risco, e atividades de prevenção em escolas.

Aumento no uso de tecnomaconha preocupa autoridades da União Européia

Do Terra

1. Em vez de maconha sintética, produzida em laboratório, o modismo exige que se empregue o termo tecno-cannabis. E a tecnomaconha agita a Europa. Em outras palavras, a tecno-cannabis incomoda os adeptos do proibicionismo e os responsáveis pelas políticas repressivas.

A maconha sintética, disfarçada, é a vendida on-line em smart-shop ou  colocada à disposição de compradores em loja conhecida por smart-drugs. É comercializada como aromatizante de ambiente. O certo mesmo é que os sintéticos Spice e N-joy sempre foram uma alternativa à maconha natural, de venda proibida em muitos países.

A mistura de ervas com os sintéticos Spice e N-joy dá ao fumante um efeito inebriante, perturbador do sistema nervoso central.

Como se sabe, poucos compradores usam esses produtos como aromatizante. O conteúdo dos envelopes acaba enrolado em papel gomado e vira cigarro de maconha sintética. A propósito, o papel gomado, vendido em vistosas caixinhas em  nas bancas de jornais e revistas no Brasil,  não é utilizado para enrolar tabaco picado.

Como a referida mistura com Spice e N-joy pode intoxicar se fumada, sua comercialização já é vetada em vários países: Alemanha, Suécia, Reino Unido, Polônia, Holanda, Áustria. Para alegria da criminalidade organizada.

A meta é esticar a proibição para todos os países membros da União Europeia.

Nos países que optaram por colocar o Spice e o N-joy na tabela das drogas ilegais são infinitamente maiores os casos de intoxicação por consumo de bebida alcoólica, comparados com os decorrentes de intoxicação por tragadas da tecno-cannabis. Assim, o proibicionismo e a escandalosa repressão pelas polícias ordinárias e ciberpolícias beiram o ridículo.

De quebra, a maconha sintética é mais potente que a natural.

Wálter Fanganiello Maierovitch

sexta-feira, 9 de abril de 2010

CNT agenda data de estreia do "CNT Repórter", com reportagem sobre o Daime

Do Na Telinha

A Rede CNT marcou para quinta-feira (22), às 22h45, a estreia do "CNT Repórter".
Sob o comando do jornalismo Rony Curvello, o programa terá reportagens investigativas, além de matérias realizadas no Brasil e em outros países. Já foram gravados programas na Índia, Grécia e China.

Para a edição de estreia, a equipe preparou uma reportagem sobre o "Santo Daime", um chá alucinógeno utilizado em alguns cultos religiosos, que ficou conhecido no cenário nacional com o assassinato do cartunista Glauco Villas Boas, 53 anos, e de seu filho, Raoni, 25, na madrugada do dia 12 de março, na Grande São Paulo.

Direto do Amazonas, o "CNT Repórter" mostrará a origem do chá e trará a opinião de especialistas sobre o assunto.

Jovem mata mãe e irmã em Santa Catarina e diz que era incomodado por fumar maconha [da Globo.com]

Da Globo.com

FLORIANÓPOLIS - Um jovem de 20 anos matou a mãe e a irmã em Lages, na Serra de Santa Catarina, na noite desta quinta-feira. O crime foi no início da noite no edifício Flamboyant, um condomínio de alto padrão no centro da cidade. A menina, que faria 12 anos no próximo dia 30, era portadora da síndrome de down.

Gustavo Henrique Waltrick fugiu e foi preso pela Polícia Militar após ter batido o carro perto do parque ecológico da BR-116. O acidente foi comunidado à PM pelo vigia de uma empresa que fica às margens da rodovia.

Gustavo havia chegado à empresa pedindo para que chamasse a polícia, pois havia sofrido um sequestro-relâmpago. Seu carro teria sido batido e abandonado pelo sequestrador a cerca de 12 quilômetros da empresa.

Quando os oficiais chegaram ao local, encontraram o carro de Gustavo, um Uno, batido em um barranco na BR-116. Dentro do veículo, havia um revólver calibre 32 com uma munição e outras 36 munições soltas.

A polícia desconfiou da versão de sequestro quando encontrou roupas de Gustavo no carro. O jovem, bastante nervoso, teria tido que o sequestrador as roubou de sua casa, onde também teria matado sua família.

Os corpos foram encontrados em um quarto do apartamento por volta das 20h.

Gustavo acabou confessando o crime, garantindo que não agiu de forma premeditada. Para a polícia, ele disse que sua mãe sempre o incomodava por ele ser viciado em maconha. Naquele dia, ele teria usado a droga e resolveu matar a família.

A equipe que fez a prisão conta que o rapaz falava que queria morrer. O jovem foi encaminhado para a delegacia e o Instituto Geral de Perícias (IGP) realiza perícias no apartamento da família.

Consumo de tabaco baixou em Portugal

Do Diário Digital

O relatório da DGS «Avaliação intercalar do impacte na nova legislação de prevenção do tabagismo» confirma uma «tendência sustentada para a diminuição das entradas no mercado de cigarros» entre 2007 e 2009.

«A entrada de cigarros no mercado não é igual ao consumo, mas é um indicador indireto da diminuição do consumo», adiantou Mário Carreira, coordenador da DGS para a monitorização dos serviços de urgência.

Os dados apontam que «existe uma tentativa» dos fumadores de diminuir o consumo que é visível através do aumento da procura de consultas anti tabágica e de terapêutica adequada, referiu.

O número de consultas de apoio intensivo à cessação tabágica aumentou cinco por cento em 2009. Comparando os valores de 2009 com os de 2007, verifica-se um aumento de 58,7 por cento do número de consultas.