Fonte: Folha de São Paulo
O secretário da Presidência do Uruguai, Alberto Breccia, confessou nesta quinta-feira ter fumado maconha em uma ocasião e ter gostado da experiência, em meio à polêmica surgida no país pela proposta do governo de José Mujica de legalizar e controlar a produção e a distribuição da droga.
"Fumei maconha, mas não consumo habitualmente", disse Breccia, 66, cujo cargo tem categoria de ministro, em resposta a uma pergunta dos jornalistas. O funcionário assinalou que a experiência foi "satisfatória," pois sentiu "paz, tranqüilidade e alegria".
No entanto, esclareceu que não voltou a fumar desde aquela ocasião. "Não foi uma experiência que tenha me dado vontade de continuar", argumentou.
Breccia considerou que "para conhecer um determinado assunto é preciso experimentá-lo", embora depois tenha esclarecido que "não em todos" os casos.
Além disso, detalhou que a maconha que fumou foi um presente e disse não ter tido interesse em conhecer sua procedência original.
"Foi um presente que aceitei de muito bom grado. Tinha interesse em experimentar", ressaltou.
LEGALIZAÇÃO
O secretário estava presente na reunião em que o governo apresentou o projeto de legalização da maconha, entre um grupo de medidas para tentar diminuir a criminalidade decorrente do narcotráfico. No projeto, o Estado será o responsável pela venda dos cigarros da droga, com cobrança de impostos.
Segundo o jornal uruguaio "El País", o Estado fará redes de distribuição estatais, com registro de consumidores, assim como existe na Holanda. O consumo e o porte, que não eram penalizados no país, serão regulados pelas autoridades.
O governo também será o responsável pela certificação de qualidade da droga e existirá um limite determinado por lei, que deve ser de 40 cigarros por mês. Caso o usuário ultrapasse a quantidade estabelecida, será submetido a tratamento de reabilitação.
A medida faz parte de um grupo de 16 projetos para diminuir o tráfico e o consumo de pasta base de cocaína, uma das principais drogas em países do Cone Sul. A intenção é diminuir os efeitos do narcotráfico sobre a segurança pública, além da arrecadação das quadrilhas.
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