Fonte: Extra
Todo garoto tem o sonho de ser jogador de futebol e brilhar na Europa. Atualmente, craques despontam em times do Brasil e são vendidos ainda adolescentes. Porém, sem estrutura psicológica e familiar, promessas se perdem na noite e entram de cabeça nas drogas. Romário Santos da Silva, o Romarinho, foi um deles. Há quase um mês foi resgatado da desgraça e recebeu mais uma chance
Morando no alojamento da igreja, assim como Valdiram, ele quer reconquistar o espaço perdido no esporte, terminar os estudos e voltar a ajudar a família. Chamado de "fenômeno do futebol às avessas", agora projeta um futuro:
— Mesmo esbanjando com mulher e drogas, consegui dar uma casa para o meu pai e minhas irmãs. Mas quero recuperar o tempo perdido e contribuir mais. Minha alegria é ver minhas irmãs e meu pai orgulhosos.
Aos 16 anos, o jovem de Olinda, em Pernambuco, recebeu a oportunidade de jogar no Porto, de Portugal. Sozinho e sem amigos, começou a beber diariamente e a fumar maconha. Se antes a diversão era fazer gols e vencer jogos, com o tempo virou rotina ficar no pagode até amanhecer, e faltar a treinos e partidas.
— Era inconsequente. Mentia, não aparecia nos treinos, sumia por dias. Eles não aceitaram e me mandaram de volta — diz, lembrando que o mesmo aconteceu por outros times que passou: — Foi assim no Boavista, no Botafogo, no Internacional, no Sporting. Ninguém mais acreditava em mim. Largava tudo e não estava nem aí. Fugi durante uma semana do Botafogo e fui para a Bahia.
Romarinho não seguiu o exemplo do ídolo de quem leva o nome, Romário. Nem dos ex-companheiros Caio, Lucas Zen e Cidinho, do Botafogo, e Leandro Damião, do Inter-RS. Até que o presidente do Boavista, preocupado, deu-lhe a última chance, no clube de Saquarema.
— Ele me procurou e disse que seria a última vez. No início, eu menti e continuei aprontando. Mas lá no clube me contaram do Valdiram, e procurei ele. Com a graça de Deus, encontrei meu caminho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário