Fonte: JB
Ser filho de um ícone não é fácil. Não importa o que se faça, a sombra da geração anterior estará sempre lá. Com Ziggy Marley, primogênito de vocês sabem quem, não é diferente,mas, aos 43 anos incompletos e 32 anos de carreira, ele até que lida bem com o peso do nome, como se pode ouvir em Wild and Free, seu novo CD.
Produzido por Don Was, uma grife do mundo pop que já assinou álbuns dos Rolling Stones, Bob Dylan e Elton John. Wild and Free traz em 12 faixas, aquele som reggae com a pegada pop contemporânea que caracteriza Ziggy desde sua estreia e ainda consegue honrar, com folga o legado do seu pai Bob Marley.
Cheio de positividades, boas vibrações e, claro, hinos em favor da legalização da maconha, o álbum abre justamente com um discurso pela liberação da ganja, na faixa título, com a participação do ator Woody Harrelson ( de Zumbilândia), notório militante da causa, Wild and Free foi composta em apoio à chamada Proposition 19, que defendia a legalização da erva na Califórnia.
O discurso é forte: ”Nos venderam o beijo da morte / Nos negaram a arvora da vida / A maldita hipocrisia custa muitas vidas / A usura corporativa não pode ser dona desta semente / Temos que dar bom uso / Aquilo que o Senhor nos deu, brada o artista. Lançada nos Estados Unidos em abril, a faixa digital era vendida por download e, de brinde, os fãs levavam o número um da revista em quadrinhos Marijuanaman, criada pelo próprio Ziggy, em parceria com os quadrinistas Joe Casey (co-criador de Ben 10) e Jim Mahfood.
Marijuanaman, claro, é um super-herói que vem de um planeta no qual a maconha entrou em extinção. Na terra, ele luta contra a destruição das plantações, promovida por uma corporação farmacêutica.
Mas não só a militância vive a arte de Ziggy Marley e é assim, de cuca fresca, com as good vibes regulamentares do reggae, mas sempre consciente, que Wild and Free desce redondo no CD player. Na verdade Ziggy planta a semente da liberdade nesse novo álbum, é só curtir para usufruir e não esquecer seu hit mais conhecido Tomorrow People.
Fonte: Jornal A Tarde/Roberto Leal
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