Fonte: Portal JJ
A juíza Jane Rute Nalini Anderson, da 3ª Vara Criminal de Jundiaí, indeferiu a ação cautelar que tentava impedir a realização da Marcha da Maconha, que ocorre no próximo domingo, na avenida União dos Ferroviários. Ela alega que não há provas de que o evento se destine a fazer apologia ao uso de drogas. Os promotores criminais, que entraram com o recurso no início da semana, vão recorrer hoje ao Tribunal de Justiça de São Paulo em um mandado de segurança, com pedido de liminar.
De acordo com o promotor Francisco Bastos, o novo recurso terá caráter de urgência e espera-se que seja julgado a tempo, já que a marcha ocorre dentro de dois dias. "Acreditamos que a marcha pode causar um dano irreversível à sociedade, pois estamos convictos de que o propósito da passeata não é inocente. Nossa intenção é servir à comunidade", declara. A Marcha da Maconha, na Capital, ocorre amanhã, às 14h, em frente ao Masp.
Nos anos anteriores, conforme explica Júlio Delmanto, um dos articuladores do movimento, a passeata foi proibida. "Este ano conseguimos um habeas corpus preventivo, garantindo que alguns participantes não sejam enquadrados nos delitos de apologia ao crime e indução ao uso de drogas. Nosso movimento existe para debater o tema e não fazer apologia". diz.
O publicitário Mauro Orsi, membro do coletivo da marcha e um dos organizadores do movimento em Jundiaí, afirma que não pretende entrar com pedido de habeas corpus porque a Justiça já indeferiu o pedido da promotoria. "A gente não promove apologia. Essa é a opinião dos promotores. O objetivo é discutir a atual política de drogas. Pedimos aos participantes que não portem nada ilícito e não façam apologia em cartazes ou faixas. Sempre tivemos essa preocupação".
PAULA MESTRINEL
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