do Estadão
Os líderes latino-americanos pediram nesta semana nas Nações Unidas a criação de políticas globais mais coerentes para combater o tráfico de drogas e solicitaram um aumento da ajuda contra o problema.
O presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, chamou as drogas de "arma de destruição em massa" da região. O seu colega de El Salvador, Mauricio Funes, disse por sua vez que o narcotráfico representa uma ameaça crescente à segurança global.
"Hoje, o foco da violência está na fronteira com os Estados Unidos e em nossos pequenos territórios, mas amanhã estará na grandes cidades dos países desenvolvidos," disse Funes à Assembléia-Geral das Nações Unidas.
Dos recursos prometidos pelos Estados Unidos para a luta contra as drogas sob a iniciativa Mérida, a maior parte está destinada para o México, e menos de 20 por cento para a América Central e o Caribe.
Na América Central, países estão lutando para conter a crescente violência interna. Cartéis mexicanos, que enfrentam grandes ofensivas no seu país, crescem para o sul.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, por sua vez, criticou os países que amenizam as leis sobre consumo de drogas. "Temos que ser coerentes nesse assunto," disse Santos.
"Alguns países exigem, por um lado, a luta frontal contra o tráfico e, por outro lado, legalizam o consumo," afirmou.
O Peru, o segundo produtor mundial de cocaína, também afirmou que precisa de mais ajuda econômica para combater o tráfico.
"Creio que devemos reavaliar a cooperação internacional porque não é correto o Peru estar recebendo tão pouco," declarou o ministro do Exterior peruano, José García Belaunde, à Reuters.
O fluxo de ajuda para o Peru nos últimos anos se reduziu por causa da prioridade que Washington deu à Colômbia.
(Reportagem adicional de Marco Aquino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário