do JB Online
DA REDAÇÃO - O esforço para livrar os usuários, especialmente as populações mais carentes, do vício do crack não acaba após o tratamento em unidades de saúde. Isto porque o índice de sucesso na recuperação é muito baixo: cerca de 30% e a recaída é frequente. Daí a importância de uma ação integrada entre a área da saúde, instituições públicas, ONGs e grupos ligados a entidades religiosas.
– Esta rede de proteção social é fundamental, ainda mais pelo fato de grande parte dos usuários ser de classes menos favorecidas. Muitos não têm uma família estruturada para acompanhar o usuário após o tratamento. Por isso, é importante que toda a sociedade se engaje – disse ao JB a psiquiatria da UFRJ Magda Vaissman.
Segundo ela, o crack já substitui a cola, como droga mais usada pela população de rua. Ele é mais fácil de se obter e mais barato. A dependência se dá depois de quatro ou cinco vezes. É a droga que vicia mais rapidamente.
– O crack atua muito rápido no cérebro, em dez segundos já faz efeito. Quanto mais rápido uma droga faz efeito, mais rápido torna o usuário dependente – explica a doutora.
Segundo ela, se não parar, o usuário morre em no máximo cinco anos de uso regular da droga. Mas pode ser até antes:
– Com uma superdosagem, o batimento cardíaco aumenta. Pode ocorrer um derrame ou um infarto. E, muitas vezes, a situação leva ao óbito.
Magda acrescenta que o crack tem efeito devastador sobre o cérebro, com todas as suas implicações, orgânicas, psíquicas e de comportamento (como o aumento da violência).
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