sexta-feira, 21 de maio de 2010

Marina Silva e cardeal defendem políticas contra o crack

do Jornal da Mídia

Salvador - Pré-candidata do PV à Presidência da República, a senadora Marina Silva se reuniu hoje com o cardeal primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella. No fim do encontro, ambos defenderam políticas governamentais contra o uso de drogas "para que o Brasil não perca uma geração inteira para o crack". A reunião ocorreu na Cúria Metropolitana de Salvador.

De acordo com a pré-candidata, dom Geraldo Majella abordou durante a reunião o alto índice de morte entre os jovens por causa do uso de drogas, sobretudo o crack. "As pessoas estão perdendo sua vida e sua juventude. Entendemos, eu e o arcebispo, que a educação pode e deve dar uma grande contribuição para que as pessoas possam dar um sentido para a vida e ter esperança", declarou Marina Silva.

Além da educação, dom Geraldo Majella citou uma série de projetos sociais voltados para a recuperação da dignidade da população de rua, entre eles projetos para a prevenção do uso de drogas. Hoje, segundo dados oficiais do governo da Bahia, 85% dos casos de homicídio e latrocínio registrados no Estado estão ligados ao tráfico de entorpecentes.

Para Marina Silva, é fundamental, ao longo da pré-campanha, dialogar com os "núcleos vivos" da sociedade para a construção de políticas públicas voltadas ao bem comum. "Um encontro como esse é importante para se dialogar com a sociedade, com os que crêem e os que não crêem. Temos que governar para todos os brasileiros, independentemente da fé que professem".

Durante entrevista à imprensa, dom Geraldo Majella disse que a senadora Marina Silva esboçou sua visão de política: "Eu estou plenamente de acordo. Política não é algo para si, mas para os outros. É fazer o bem para os outros e não para si".

Para a pré-candidata do PV, é importante dialogar com diferentes segmentos sociais. "Tenho muito respeito pelo trabalho que é feito pela CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] e pela contribuição de pessoas como dom Geraldo Majella. Falei a ele da minha trajetória na Teologia da Libertação e que hoje sou cristã evangélica da Assembléia de Deus. Falei do meu entendimento de que o governante deve governar para todos, independentemente da fé que professamos. Tenho um respeito e uma gratidão muito grande pelos meus irmãos católicos. Discutimos sobre o que pensamos para o Brasil, uma política baseada na ética de valores para nos colocarmos a serviço da sociedade brasileira e não para nos servirmos da sociedade", finalizou.

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