Do G1
Londres, 7 abr (EFE).- A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou hoje o projeto do poder Executivo que previa a proibição da mefedrona, uma substância estimulante que foi ligada à morte de vários jovens no país.
O Conselho Assessor sobre o Abuso de Drogas do Reino Unido recomendou que a substância, até agora legal no país e que podia ser comprada pela internet, também fosse classificada como droga de tipo B, grupo que inclui a maconha e as anfetaminas.
No entanto, a decisão de proibir a mefedrona sem provas conclusivas que a relacionem com as mortes de pelo menos quatro jovens que a ingeriram provocou a saída de dois especialistas do Conselho.
Eric Carlin e Colin Taylor disseram que a proibição anunciada pelo ministro do Interior, Alan Johnson, em 29 de março após uma consulta ao Conselho aconteceu por uma "pressão midiática e política indevida".
A proibição de importar mefedrona entrou em vigor com efeito imediato, enquanto sua classificação como droga tipo B seria votada hoje pelo Parlamento.
A legislação britânica prevê até cinco anos de prisão por posse de substâncias tipo B e 14 anos por sua venda.
Segundo números do Conselho Assessor, 25 pessoas teriam morrido na Inglaterra e Escócia após tomar mefedrona, mas ainda não foi confirmada uma relação direta entre a droga e as mortes.
Esta não é a primeira vez que a política sobre drogas do Governo trabalhista provoca demissões no Conselho Assessor.
Em novembro, vários de seus membros renunciaram depois que o então presidente, David Nutt, foi destituído por supostamente minimizar os efeitos da maconha. EFE
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