do EXTRA
A faxineira Mônica de Mattos tem 38 anos. Metade disso ela dedicou ao primogênito Éverton Mattos da Silva. Há seis meses, desesperada com as atitudes do filho, que desaparece de casa para usar crack, passou a prender suas pernas com correntes de ferro. Nesta sexta-feira, o caso foi parar na delegacia. No início da madrugada, em patrulhamento de rotina, homens da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro Santa Marta, na Zona Sul, encontraram o rapaz, de 20 anos, em um matagal da comunidade.
Levado à 12ª DP (Copacabana), Éverton afirmou que pede sua mãe para ser acorrentado. Mesmo assim, Mônica foi autuada e responderá por cárcere privado. Os dois prestaram depoimento e foram liberados, mas o jovem desviou o caminho e fugiu da família para se entregar, mais um vez, ao crack. Nesta sexta à tarde, enquanto a comandante da UPP, capitã Priscila Oliveira, fazia buscas pela favela, ele voltou para a casa. Ainda sob o efeito da droga, agradeceu à mãe.
— Ela bota a corrente pra me ajudar. Quero ficar com a minha família, minha mãe, meu pai. Essa coisa está acabando comigo — disse Éverton, pai de um menino de 3 anos e outro de dez meses.
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