quinta-feira, 26 de abril de 2012

Especialistas apontam perigos e benefícios do uso medicinal da maconha

Fonte: Agência Câmara

Os malefícios e possíveis benefícios da maconha para a saúde foram debatidos pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara nesta quinta-feira (26). Entre os convidados, estavam cientistas, médicos e até quem recorreu à droga para aliviar a dor de um amigo em estado terminal.

O doutor em neurociências e professor adjunto do Departamento de Fisiologia da Universidade de Brasília (UnB), Renato Malcher Lopes, é coautor do livro "Maconha, Cérebro e Saúde". Ele defendeu o uso medicinal da droga no Brasil para redução de sintomas e alívio de náuseas e da falta de apetite em pacientes com câncer.

Lopes destacou ainda o uso da substância no tratamento de doenças como epilepsia, mal de Parkinson e Alzheimer. "Tem um valor terapêutico, porque o prognóstico melhora em função do estado psicológico."

O escritor e pesquisador Gideon dos Lakotas afirmou que nenhum cientista é contra o uso medicinal da maconha, mas que o debate está enviesado por uma outra causa: o uso recreativo da droga.

A psicóloga clínica especialista em saúde mental Marisa Lobo falou sobre sua experiência com mais de 500 pacientes e afirmou que a maconha desencadeia surtos psicóticos em 15% a 17% dos usuários. Segundo ela, é necessário cuidado com o discurso sobre os benefícios do uso da droga. "Há 40 anos, médicos receitavam o cigarro para aliviar a ansiedade e o estresse”, comparou.

“Vocês têm ideia do que é esquizofrenia? Eu tenho porque tenho pacientes com esquizofrenia, e tenho esquizofrenia na minha família desencadeada pela maconha. Então, além da parte teórica, eu tenho a prática”, continuou a psicóloga. “Não há conflito de ciências, há conflito de cientistas, por valores pessoais. Cada um acha o que quer nessa situação. A luta aqui é por legalização [da maconha], porque aqui ninguém é bobo."

Alívio para a dor
A audiência pública também contou com o depoimento emocionado da nutricionista Helena Sampaio, que acompanhou a morte de sua irmã Ana Rosa e, quando passou por uma situação semelhante com um amigo, aliviou o sofrimento dele com maconha. Ela saiu às ruas para comprar.

"Depois da minha irmã, eu me aprofundei, li muito e vi que aquilo causava benefício. E eu vi o meu amigo, a qualidade que aquilo deu para ele foi muito grande. Meu amigo foi me agradecendo imensamente e eu não repeti a mesma ida dolorida da minha irmã”, disse Helena.

O plenário da audiência pública estava lotado de pessoas do Movimento Pela Vida, que vai promover uma marcha contra a maconha em junho, em São Paulo, e por estudantes defensores da legalização da droga. O debate foi sugerido pelo deputado Roberto de Lucena (PV-SP).

6 comentários:

  1. Qualquer droga pode desencadear esquisofrenia desde que a pessoa seja geneticamente propensa à essa doença. Desculpa ridícula essa pra manter a maconha no mercado negro. E, se a maconha anda "causando" esquizofrenia por aí, é mais uma prova de que essa proibição não está funcionando e ela deve sair do mercado negro.

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  2. Essa Marisa Lobo entre outras atrocidades diz-se capaz de "curar" o homossexualismo. Não tenho mais nada a dizer.

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  3. O problema é que a própria imprensa age com parcialidade - "Os malefícios e possíveis benefícios da maconha para a saúde" / Ou seja, os "malefícios" são certos, os benefícios talvez.

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  4. Os únicos problemas são decorrentes da proibição...
    Libera que resolve!!!

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  5. Eu moro na Italia e aqui com certeza as coisas estao melhor que ai no brasil, mesmo a Italia sendo junto com Espanha consideradas as naçoes que mais usam drogas na europa, em uma pesquisa de 2011, 80,3% dos jovens de 14 a 30 anos ja fumaram maconha, em Milao que é uma cidade de 1,330.000 de habitantes, mais que circulamam em media de 2.500.000 de pessoas por dia, nos ultimos anos acontecem em media de 20 assassinatos por ano, coisa que é normal em uma populaçao de 20.000 hab. no brasil. Ai voce ve que problema da violencia nao esta e nunca esteve nas drogas, o problemas esta na cultura, segurança publica, educaçao, seria hora de pegar alguns impostos dessa erva que nunca matou ninguem + o dinheiro investido nessa guerra contra ela, para por onde precisa, nao acham? Em 2009 nos EUA, tinha 69.700.000 de fumantes, desses morreram 440.000, 0,63% dos fumantes. Usuario de cocaina 1.200.000, desses morreram 2.500, 0,20% dos usuarios de cocaina, Usuario de heroina 399.000, mortes 2.000, 0,5%, (sendo que dessas morte de 50 a 80% dos casos foram por causa da mau qualidade da heroina, misturada com outras substancias toxicas). Sempre no mesmo ano de 2009 nos EUA havia 4.299.000 usuarios de marijuana, mortes 0, porcengem 0%. Morreram tambem 80.000 por alcool + 40.000 em acidentes estradais + 60.000 em acidentes de trabalho. Outra coisa interessante é a respeito da frase "maconha porta de entrada para as drogas pesadas", em 2009 o grupo dos maconheiros éra 175 vezes maior que os da heroina, quer dizer, que mais de 90% dos usuarios de marijuana nunca viu a sombra da heroina, e os outros 9% voce me pergutaria, sao como voce ou eu, pode ou nao ter tido contato com a Heroina.

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