Fonte: Agência Câmara dos Deputados
Integrantes da Comissão Especial de Combate às Drogas querem a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU) no combate às drogas nos países andinos, com maior estímulo à produção de grãos nas terras onde hoje são plantadas coca e maconha. A comissão realizou reunião nesta terça-feira para a apresentação de relatórios dos seminários sobre drogas realizados em vários estados.
Os deputados Valtenir Pereira (PSB-MT) e Wellington Fagundes (PR-MT) sugeriram que o Ministério das Relações Exteriores acione a ONU para que a instituição pressione e auxilie países como Colômbia, Bolívia e Peru a produzir arroz, feijão, soja e milho, por exemplo, em vez de plantar coca e maconha.
Valtenir Pereira ressalta que a ONU poderia intermediar financiamentos internacionais para aquelas pessoas que passariam a ser produtores rurais, “dando, inclusive, oportunidade para os povos desses países de poder se manter, de ter a sua renda, o seu ganho, mas de forma equilibrada, responsável, e não prejudicando os demais países do mundo".
Dificuldades da polícia
Na apresentação sobre Minas Gerais, que tem o maior número de rodovias estaduais e federais do Brasil, o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) destacou a dificuldade que a Polícia Rodoviária Federal tem para fiscalizar as cargas lacradas.
Elas podem servir de esconderijo para drogas, como explica o parlamentar. " Nós não sabemos o que está dentro daquela carga ali. E a polícia reclama muito, pois não podem interferer, porque a lei não permite, se não tiver um fiscais sanitário e da agricultura. Então isso é um problema, porque nós temos um agente que está equipado, está preparado, está com um carro, e ele não pode fiscalizar certas cargas."
O deputado Giacobo (PR-PR) destacou a criação de uma polícia de fronteira no Paraná - uma ação conjunta do governo do estado com o governo federal, que prevê a integração das polícias Civil e Militar com a Polícia Federal. Isso já está ocorrendo em Foz do Iguaçu, que faz divisa com a Argentina e o Paraguai.
Já a deputada Sandra Rosado (PSB-RN) disse que chamou a sua atenção, nos seminários realizados em seu estado, a falta de estrutura para se combater as drogas, tanto na prevenção, como no tratamento do dependente químico e na sua reinserção social.
Também a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) reforçou a necessidade de mais recursos públicos no combate às drogas, principalmente com a destinação de verbas para as comunidades terapêuticas que buscam a recuperação dos dependentes químicos.
Os relatórios apresentados nesta terça-feira serão encaminhados para análise do deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), que é o relator da Comissão Especial de Combate às Drogas.
Roubam o Brasil e, não satisfeitos, ainda querem palpitar sobre país dos outros. E assinam atestado de desinformados: no mundo todo quem se aprofunda na questão das drogas forma consenso no sentido de que a proibição tem que acabar.
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