Fonte: A Cidade
Pesquisa realizada na cidade estuda efeitos do Canabidiol em ratos
Jacqueline Pioli
Uma substância da maconha pode ser utilizada para o tratamento da ansiedade. É o que indica uma pesquisa realizada na USP de Ribeirão Preto.
O Canabidiol, constituinte da maconha não responsável pelos malefícios da planta, aumenta a produção de novos neurônios no hipocampo, ou seja, a substância protege contra os danos promovidos pelo estresse.
"O nosso trabalho reforça o papel ansiolítico [tranquilizante] do Canabidiol e abre novas perspectivas em busca de tratamentos farmacológicos" explica a pesquisadora da USP de Ribeirão Preto responsável pelo trabalho, Alline Campos.
A equipe de 12 pessoas do laboratório coordenado pelo professor Francisco Silveira Guimarães realiza os experimentos em ratos. Os pesquisadores mimetizam alguns aspectos da ansiedade como ataque de pânico e o estresse pós traumático nesses animais. Segundo Alline, ainda não há como especificar as vantagens do Canabidiol sobre os anti depressivos utilizados.
Porém, de acordo com a pesquisadora, estudos iniciais em animais demonstraram que a substância não provoca os efeitos colaterais dos medicamentos convencionais. No entanto, ainda é cedo para saber se esse mesmo resultado será observado em humanos.
Já existem no mundo tratamento para outras doenças que são à base de canabinoides. Um exemplo é o medicamento Sativex, utilizado no tratamento de esclerose múltipla no Reino Unido e no Canadá.
A doutora Alline Campos reforça que o Canabidiol é apenas um constituinte da maconha. "Os usuários dependentes da maconha buscam a planta por causa da substância THC (tetraidrocanabinol). Quanto maior o teor de Canabidiol na maconha, menores os efeitos alucinógenos", ressalta.
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