segunda-feira, 18 de julho de 2011

Afastamento do trabalho por drogas cresce 22%

Fonte: BAND

Maioria das licenças médicas concedidas no primeiro semestre é por uso de cocaína e maconha

Mais de 21,2 mil pessoas tiveram de se afastar do trabalho para fazer tratamento de transtornos causados pelo uso de substâncias psicoativas no primeiro semestre deste ano, segundo balanço do INSS.

O número é 22% maior do que o registrado pelo instituto no mesmo período do ano passado, quando 17,5 mil receberam licença médica por conta do uso de drogas.

A maioria dos casos diz respeito ao uso de cocaína e abuso de remédios sedativos e estimulantes. No caso dos executivos, o percentual de afastamentos é um pouco menor (15%), de acordo com pesquisa do Hcor divulgada pela “Folha de S.Paulo”.

A psiquiatra da USP Alexandrina Meleiro afirma que os executivos utilizam maconha ou cocaína para aliviar a pressão do trabalho. Segundo ela, a droga cria a sensação de um certo distanciamento dos problemas. Já esteroides, anfetaminas, ansiolíticos e analgésicos são adotados para aumentar o rendimento.

A competitividade exacerbada, combinada com o medo de perder o posto, faz com que muitos executivos escondam que estão utilizando drogas.  As psicólogas Mariana Guarize e Janaína Xavier Santos, do Hcor, contam que a maioria só assume o uso em entrevistas pessoais.

Por lei, as empresas podem aplicar exames em seus funcionários, desde que a política para isso seja clara. A companhia não pode, entretanto, forçar o funcionário a participar de programas para abandonar as drogas.

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