Fonte: Folha de São Paulo
JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO
O Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu nesta sexta-feira a Marcha da Liberdade marcada para o próximo sábado (28), na região central de São Paulo, em protesto contra a violência policial durante a Marcha da Maconha no sábado (21).
O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu a extensão dos efeitos da liminar que suspendeu a Marcha da Maconha e o pedido foi acatado pelo desembargador Paulo Antonio Rossi.
Para o desembargador, a nova manifestação seria a mesma que já foi proibida tendo os organizadores mudado, apenas, o nome.
"Seria a indução e instigação ao uso indevido de droga frente a uma numerosa parcela da sociedade paulistana, a despeito da decisão liminar proferida no presente mandado de segurança", diz o desembargador na decisão.
Rossi diz ainda que o mandado de segurança que proíbe novamente a manifestação foi baseado em documentos e reportagens que comprovam que o objetivo e os organizadores são os mesmos do evento já proibido.
"Não se trata de reprimir o direito da livre manifestação, mas sim coibir apologia ao crime ou a eventual induzimento no uso de drogas, o que é diferente de afastar ou coibir necessárias discussões ao desenvolvimento, aperfeiçoamento e modificação das normas penais", afirmou o desembargador.
VIOLÊNCIA
A Marcha da Maconha --que defendia a discriminalização das drogas no país-- foi marcada pelo uso de balas de borracha e bombas de efeito moral contra os manifestantes.
Imagens da TV Folha mostram a violência da polícia. Um repórter foi atingido por jatos de spray de pimenta por um PM e por uma agente da Guarda Civil Metropolitana, que ainda atacou o repórter --que portava crachá-- com um golpe de cassetete.
A PM atribuiu a reação à necessidade de cumprir uma ordem judicial, expedida no dia anterior ao ato, que proibiu qualquer tipo de alusão à legalização da maconha.
"Espero que a próxima marcha aconteça em um clima de paz. Tivemos problemas no evento passado, por isso os manifestantes precisam entender que a polícia vai tomar medidas caso haja, novamente, apologia às drogas", afirmou o major Marcos Félix.
A Marcha da Liberdade será realizada no sábado, às 14h. Os organizadores esperam a presença de três mil pessoas no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista.
Dois policiais militares foram afastados na terça-feira (24) sob suspeita de terem cometido abusos na confusão ocorrida durante a Marcha da Maconha.
Apesar do afastamento, a Polícia Militar não informou detalhes sobre os PMs punidos. Além da corporação, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) também investiga o possível abuso durante a marcha. Seis pessoas foram detidas na ocasião e, mais tarde, liberadas.
FDP esse desembargador e a cambada do MP!
ResponderExcluirA manifestação tem que acontecer, e se eles querem radicalizar, vamos radicalizar e ocupar a sede do MP!
Abaixo a ditadura!