segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Feira da Maconha de Barcelona confirmada de 25 a 27 de março próximo

Fonte: Blog do Maierovitch

A economia movimentada pela maconha continua a crescer pelo planeta. De olho no negócio, foi confirmada a edição de 2011 da Feira da Maconha de Barcelona. Serão três dias de feira, de 25 a 27 de março.

Como tudo que se refere à erva canábica vira notícia, os jornais europeus destacaram, com informes e matérias, a Feira da Maconha de Barcelona. A segunda notícia canábica publicada com destaque na mídia européia veio da Sicília, onde acaba de ocorrer a absolvição de um jovem siciliano que se dedica à jardinagem. Ele cultivava, apenas pela beleza da planta, cinco pés de maconha na sua casa: não vendia e nem usava, apenas admirava, segundo defesa sustentada com sucesso por seu advogado. E não se deve esquecer que a belíssima folha da maconha concorre, em belezao proibicionista de matriz norte-americana, com a papoula, de cuja cápsula de sustentação das pétalas extrai-se o ópio (em grego ópio significa suco).

A maconha como negócio e emprego medicinal sempre foi tema central nas  famosas feiras canábicas da Suiça (Utrechet Highlife Hennep e  Berna Cannabis Trade) e  Espanha (Espanha Cannabis Businees). A legalização nunca dominou a pauta dos debates. Talvez, por isso, o novo defensor do antiproicionismo Fernando Henrique Cardoso ( nos seus 8 anos de governo manteve a criminalização e a pena de prisão para o usuário surpreendido na posse de droga)  não foi convidado para Barcelona.

Na holandesa cidade de Utrecht, que deu nome ao tratado de constituição da União Européia e onde em 1968 foi aberto pela primeira vez no mundo um café para venda de maconha com consumo no seu interior (Café Sarasani), os temas  ecológicos tomaram conta dos debates.

Os ecologistas batem-se, até hoje, pela constituição de um movimento de pressão para a substituição da celulose, que acaba com as florestas ou as substitui por plantio de eucaliptos,  pelas fibras do cânhamo. E eles estarão a empunhar essa bandeira em Barcelona, em março próximo.

Na última edição anual da feira canábica espanhola foram montados mais de 100 estandes e os participantes ouviram concertos ao ar livre. Teve, também, discoteca com DJ e restaurantes  a servir massas verdes com molho canábico picante.

Estarão presentes na feira de Barcelona infiltrados os 007 dos serviços de inteligência espanhola. Não em busca de identificação de usuários, mas por conta do narcoterrorismo. Os serviços de inteligência da Espanha descobriram que a célula terrorista responsável pelo atentado de 11 de março de 2004 em Madri foi financiada pelo tráfico de maconha e haxixe provenientes do Marrocos, maior produtor mundial. Depois do atentado, a célula ainda mantinha 2 milhões de euros em caixa, para outros atos eversivos. Os euros foram repassados pelo Grupo Islâmico de Combate Marroquino, que trafica drogas para a Europa.

PANO RÁPIDO. No Brasil a boa notícia da semana foi a autorização, pela presidenta Dilma Roussef, para a implementação imediata, nas Universidades, de 45 centros de especialização em dependência química (físico-psiquíca) e na recuperação de usuários. Aliás, algo proposto e nunca aprovado pela dupla Fernando Henrique e José Serra (então ministro da Saúde).

–Wálter Fanganiello Maierovitch–

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