do R7
O uso do tabaco é responsável por até 60% dos fatores que fazem com que as mulheres vivam mais tempo do que os homens. Esse é o resultado de um estudo publicado nesta terça-feira (18) na revista especializada Tobacco Control.
Os pesquisadores, liderados por Gerry McCartney, da Unidade de Ciências Sociais e de Saúde Pública de Glasgow (Escócia, Reino Unido), utilizaram dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre as taxas de mortalidade de homens e mulheres por causas variadas e aquelas atribuídas ao tabaco e ao álcool, em 30 países europeus, no ano de 2005.
Para garantir um resultado mais preciso, os estudiosos observaram causas biológicas e, além disso, consideraram o fato de as mulheres recorrerem mais a cuidados médicos do que os homens.
As mortes relacionadas ao tabaco incluem câncer das vias respiratórias, infartos, derrames cerebrais e bronquite crônica. Já as relacionadas ao álcool englobam câncer de garganta e esôfago, doenças crônicas do fígado, bem como a psicose alcoólica e atos violentos.
O número de mortes masculinas varia consideravelmente em cada país estudado. Mas a grande diferença entre o número de óbitos de homens e mulheres foi encontrada em países do Leste Europeu. Bélgica, Espanha, França, Finlândia e Portugal também registraram uma discrepância bem grande.
Segundo os pesquisadores, o tabaco explicaria a diferença de 40% a 60% na mortalidade entre homens e mulheres em todos os países, exceto na Dinamarca, Portugal e França, onde sua influência é menor. Já em Malta, pelo contrário, sua ação é mais acentuada (74%). As mortes atribuídas ao álcool explicariam cerca de 20% dessa diferença de longevidade entre homens e mulheres.
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