Segundo Andreza Domingos da Silva, responsável pela Área Técnica de Vigilância do Tabagismo, da Semus, a fumaça dos derivados do tabaco apresenta mais de 4.700 substancias tóxicas ao organismo, dentre as principais estão o alcatrão, o monóxido de carbono e a nicotina responsável pela dependência que se estabelece nos fumantes.
“O tabaco tem relação causal com 90% de câncer de pulmão, 80% das doenças pulmonares obstrutivas crônicas (enfisema), 45% em doenças cardiovasculares, 30% de infarto e 30% de todos os tipos de câncer”, explica Andreza acrescentando que para a Organização Mundial de Saúde (OMS) o fumo é uma das principais causas de morte evitável no mundo. Quase cinco milhões pessoas (10 mil/dia) morrem todos os anos, no mundo, por causa de doenças relacionadas ao tabaco. E a previsão é de que esse número aumente para 10 milhões por volta de 2030.
Fumantes passivos
A pesquisa do Ministério da Saúde (MS) revelou um dado inédito: a estimativa de fumantes passivos (aqueles que não fumam, mas, absorvem a fumaça tóxica). No Brasil, 13,3% dos brasileiros estão incluídos na faixa dos passivos. Em Palmas, 15,6% de fumantes passivos estão dentro do ambiente de trabalho e 10,7%, desses prejudicados, estão em ambiente domiciliar.
“Cerca de sete não-fumantes morrem por dia, no Brasil, em decorrência da inalação da fumaça do cigarro. 24% das crianças são, de alguma forma, fumantes passivas e estão sujeitas aos efeitos nocivos do tabaco”, informou Bonilha, arrematando que o apoio da família é essencial para vencer essa guerra.
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