Do ANSA Latina
ASSUNÇÃO, 8 ABR (ANSA) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) questionou hoje as empresas tabagistas que operam no Paraguai, por venderem produtos que fazem mal à saúde dos consumidores, segundo informações do governo local.
O Ministério da Saúde paraguaio soltou um comunicado sobre o assunto, informando que um comitê constituído por peritos da OMS investigou documentos das companhias tabaqueiras, antes de emitir sua conclusão.
Os peritos concluíram que as empresas "vendem um produto que contém substâncias que viciam e prejudicam a saúde dos consumidores". Além disso, instigaram durante anos estratégias mundiais para tentar desacreditar a capacidade da OMS em salvar vidas.
Como exemplo, a OMS citou algumas das ações das indústrias, principalmente no campo publicitário, com a divulgação de campanhas promocionais para despertar o interesse dos adolescentes.
O laudo mencionou também que algumas propagandas destinadas a prevenir o consumo de tabaco pelos jovens são feitas com o intuito de melhorar a imagem pública das empresas tabaqueiras. "De onde tirarão, então, seus novos consumidores para substituir os que adoecem e morrem por consumirem tabaco?", questionou.
O documento salientou também que o tabagismo passivo e as restrições ao consumo do tabaco em lugares públicos constituem uma ameaça enorme para os lucros das organizações, que tentam, por sua vez, burlar as regras através de "acordos voluntários", "cortesias" ou auto-regulação.
Ainda de acordo com o informe, para promover o tabaco, recorre-se a viagens, visitas a sedes das companhias e outras atividades, com o objetivo de ganhar a confiança dos meios de comunicação, além de contratação de diversos tipos de pessoas, que vão desde cientistas a jovens fumantes, para apresentá-los como "grupos independentes" e desacreditar as campanhas contra o cigarro.
"Estes velhos vícios estão agora no Paraguai", continuou o comunicado, que orientou o uso da "lei 2969/06, que põe em vigência o Paraguai no Tratado Internacional do Controle do Tabaco". (ANSA)
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