do O Tempo
Estudos sobre o uso do ecstasy no Brasil ainda são escassos, mas alguns dados indicam que o consumo do metilenodioximetanfetamina (MDMA) tem aumentado, considerando, por exemplo, o alto número de apreensões de comprimidos assim como a descoberta de laboratórios clandestinos.
O ecstasy é uma droga sintética e sua síntese foi feita por pesquisadores que buscavam encontrar uma molécula natural envolvida nas sensações amorosas, a feniletilamina, produzida no organismo. Pode ser consumida por injeção, inalação ou via oral. Apresenta-se em forma de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou pó. Age aumentando a produção e a diminuição da reabsorção da serotonina, dopamina e noradrenalina. Seus efeitos surgem entre 20 e 60 minutos, atingindo estabilidade em duas horas.
Os que propagam o seu uso como "droga sintética do amor", afirmam que ela produz uma excitação agradável, que acaba com a angústia, rompe os bloqueios humanos, aumenta a capacidade de comunicação, amplia a visão e deixa a pessoa mais receptível emocionalmente. Na verdade essa droga associa os efeitos alucinógenos do LSD com os efeitos estimulantes das anfetaminas. O ecstasy é a mais popular das drogas sintéticas usadas nos clubes noturnos e raramente é ingerido sozinho. Uma pesquisa feita recentemente com cerca de mil usuários brasileiros dessa droga, mostrou que 97% dos entrevistados usaram outra substância, legal ou ilegal, com o objetivo de potencializar o seu efeito ou anular sensações.
Entretanto, o que temos verificado em estudos farmacológicos é que a droga interfere na produção de um neurotransmissor ou mediador químico, a serotonina, encontrada no encéfalo e responsável, segundo se crê, pela regulação da atividade sexual, agressão, sono, disposição, atividades que, inicialmente, podem ser estimuladas pela droga, mas que depois, pela diminuição que ela comprovadamente provoca no teor de serotonina cerebral, poderá apresentar alterações no libido, distúrbios do sono e depressão.
Alguns efeitos colaterais observados em seus usuários são: hipertensão, sudorese, embotamento da visão e bruxismo, que é o ranger involuntário dos dentes e mordida das bochechas, pode causar psicoses com grave dependência e inclusive levar à morte.
As altas concentrações de serotonina provocadas pelo ecstasy podem gerar lesões celulares irreversíveis. Os neurônios não se regeneram e suas funções só se recuperam se outros neurônios compensarem a função perdida. A deficiência de serotonina é proporcional ao tempo e a quantidade usada. Esses resultados sugerem uma propriedade neurotóxica do ecstasy que levam seus usuários a perturbações mentais ou comportamentais.
Pelos riscos que apresenta, por seu alto potencial de abuso e de dependência, a Comissão de Entorpecentes das Nações Unidas, classificou essa droga no chamado Grupo 1A das drogas psicotrópicas, isto é, "drogas sem nenhuma utilidade terapêutica e um elevado potencial de abuso", junto com outras drogas alucinógenas, como a mescalina, a psilocibina e o LSD. Por tudo isso, é preciso cuidar para que o "Ecstasy" não se transforme em pesadelo.
Discordo, pois tem uma diferença você usar droga e a droga usar você e isso funciona com todas as drogas, a maioria das pessoas que consomem ecstasy, nao sabe o que estão consumindo, não sabe as quimicas que estão na pastilha, porém, os informados já sabem o que é o que. Já fui usuario de ecstasy porém um usuario bem informado.
ResponderExcluirNão é verdade que Ecstasy náo tem utilidade terapeutica. Google por "PTSD MDMA"
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