do Sol
Washington aprovou o uso terapêutico de marijuana, situação em relação à qual o presidente do Instituto de Droga e Toxicodependência (IDT) não tem «nenhuma resistência de princípio», apesar de não reconhecer, em Portugal, um «movimento sério» nesse sentido
João Goulão afirmou que não se opõe a que haja uma utilização terapêutica de cannabis em determinadas patologias, nomeadamente como «coadjuvante da terapêutica oncológica».
Mas, de momento, o presidente do IDT entende que em Portugal não existe qualquer mobilização credível que defenda a introdução da marijuana em tratamentos de algumas doenças crónicas. «Nunca assisti em Portugal a um movimento sério por parte dos meus colegas dessas áreas no sentido de reivindicarem a entrada de canabinóides no armamentário terapêutico», afirmou.
«Se houver claramente um movimento por parte dos médicos dessas especialidades, reivindicando a utilização de cannabis para fins terapêuticos, eu não tenho nenhuma obstrução a fazer», salvaguardou João Goulão.
Quanto ao uso doméstico de marijuana, o presidente do IDT defende que o quadro legal em vigor é «adequado», pelo que «não desejaria que houvesse um debate» no sentido de qualquer alteração «no momento actual».
A legislação portuguesa permite a posse para consumo doméstico de dez doses diárias. Acima destas quantidades, a posse de estupefacientes pode ser considerada tráfico de droga, incorrendo em crime.
Nos Estados Unidos da América, o conselho municipal da cidade de Washington aprovou na terça-feira, por unanimidade, o uso médico de marijuana na capital norte-americana, à semelhança do que já sucedeu em outros 14 estados norte-americanos.
Os médicos norte-americanos terão autorização para prescrever marijuana aos pacientes que sofram de várias doenças crónicas, como sida, cancro, esclerose ou glaucoma.
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