Em defesa de um "comércio regulado" e o "respeito pela liberdade" individual, foram muitos os que enfrentaram a forte chuva para marchar no centro de Lisboa, no passado sábado.
Para o porta-voz da Marcha Global da Marijuana (MGM) de Lisboa, Pedro Pombeiro, a ilegalização "é um desperdício de recursos que ao mesmo tempo não respeita a liberdade das pessoas de escolherem fazer uma coisa que não faz pior do que muitas outras que são legais". Pombeiro lembrou ainda que a legalização vai permitir que sejam criadas regras que, por exemplo, estipulem locais próprios para venda e restrinjam o consumo a maiores de idade.
"Enquanto consumidores, achamos que era bom contribuirmos com impostos para um comércio legal e regulado, em vez de estarmos na clandestinidade, na ilegalidade porque decidimos fumar charros em vez de beber uma imperial", exemplificou Pedro Pombeiro.
A iniciativa realizada em Lisboa junta-se a mais de 300 cidades no mundo e já passou pelo Porto, no último 1 de Maio, Braga e Coimbra também tiveram suas próprias iniciativas. A forte chuva que atingiu a cidade não impediu que muitos saíssem de casa para ostentar os cartazes com dizeres como "Proibição não é solução" ou "O tráfico é contra a legalização da cannabis, e você?". Acima dos guarda-chuvas abertos destacavam-se uma réplica gigante da folha da cannabis e um homem sobre andas.
Os manifestantes alegam que a proibição não só não funciona, como contribui para a inflação dos preços, gerando enormes lucros que servem para estimular a corrupção ao mais alto nível, o que inclusive permite manter o tráfico. Lembram ainda que o consumo de canábis é menos perigoso do que outros produtos legais e que até 1970 foi legal fumar canábis em Portugal.
O Bloco de Esquerda esteve presente na Marcha Global da Marijuana, onde o deputado Heitor de Sousa discursou apelando e justificando o porquê da urgência da legalização da marijuana.
Veja aqui a intervenção do deputado Heitor de Sousa.
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