Fonte: O Globo
BRASÍLIA – Manifestantes de um grupo pela descriminalização da maconha deixaram constrangidos outro grupo de manifestantes, os policiais federais, durante audiência pública sobre a reforma do Código Penal, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta terça-feira. Os agentes da PF, que estão em greve e protestam perante o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não permitiram que membros do grupo Coletivo Canna Cerrado levantassem cartazes ou ficassem na mesma área que os policiais.
- Aqui não! Esse tipo de manifestação, não! - disse um dos agentes, quando Sinclair Maia, jornalista e manifestante tentou ficar próximo aos policiais federais. Ele empunhava um cartaz, com o desenho de uma folha de maconha, com os dizeres “Canabis é medicinal”.
A comissão de juristas que fez as alterações no Código Penal aprovou a proposta que descriminaliza o uso de drogas, mesma bandeira levantada pelos manifestantes que participam da audiência nesta terça-feira. De acordo com o texto, que ainda depende de discussão do Congresso Nacional, não há crime se o agente “adquire, guarda, tem depósito, transporta ou traz consigo drogas para consumo pessoal”.
Os manifestantes da CannaCerrado, que organizam a Marcha da Maconha em Brasília, puderam permanecer na comissão, mesmo contra a vontade dos agentes da PF, mas sem poder levantar cartazes, impedidos pela segurança do Senado.
- Ainda mais esse tipo de coisa – disse o segurança, ao proibir um dos manifestantes de mostrar o cartaz.
Eles dividem o espaço com os agentes da PF. A maioria acompanha a audiência em silêncio na área destinada ao público, mas tem também policiais sentados em lugares destinados a senadores. Eles tentaram exibir uma faixa, no entanto, foram impedidos pelos seguranças. Os manifestantes são do Sindpol-DF .
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