Fonte: JB
A polícia de Minas Gerais apreendeu recentemente uma quantidade incomum de drogas sintéticas: 70 mil cápsulas de ecstasy e 16 mil pontos de LSD. O montante aponta para um fenômeno crescente no Brasil: o uso desse tipo de entorpecente num país que continua sendo um dos maiores consumidores de cocaína do mundo e uma importante rota de tráfico.
Um relatório do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime sugeriu que o consumo de drogas sintéticas, estável ou em queda em grande parte da Europa, está em ascensão no Brasil e outros países sul-americanos. A demanda por tais drogas tem gerado uma nova geração de mulas, os chamados narco-turistas. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Os narco-turistas assemelham-se pouco a mulas de drogas tradicionais da América do Sul, que costumam ser africanos ou europeus desesperados e sem dinheiro, que contrabandeiam cocaína no estômago ou em malas entre aeroportos por uma fração do real valor. Autoridades de segurança dizem que os narco-turistas são discretos, com formação universitária, de classe média a alta e brasileiros.
Além disso, eles não costumam ter antecedentes criminais. Graças à economia de Minas Gerais, o Estado vem se tornando um ponto de entrada de drogas sintéticas. Neste ano, dos 195 mil comprimidos de ecstasy apreendidos no País, 92 mil foram em Minas. De acordo com a Polícia Federal, as apreensões de ecstasy aumentaram 100 vezes em dez anos.
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