Fonte: Exame
Projeto de lei restringe a venda apenas a pessoas que provarem não conseguir largar o vício e proíbe a comercialização para menores de 20 anos
O cerco contra o tabaco está se fechando na Islândia. O país, que já impede que os cigarros fiquem à mostra nas bancadas dos estabelecimentos comerciais, quer restringir a venda a somente pessoas com receita médica.
O projeto de lei, que deve ser votado pelo parlamento em Reykjavik, prevê a proibição da venda de cigarros para menores de 20 anos e restringe a venda a pessoas que provem que não conseguem largar o vício. Com isso, somente as farmácias teriam permissão para vender cigarros.
Todo fumante teria que ser acompanhado por um médico, que ajudaria o paciente a largar o vício. Aqueles que não conseguissem interromper o uso rapidamente receberiam uma prescrição médica que autorizaria a compra de cigarros.
A proposta faz parte de um plano de 10 anos que visa banir o fumo de todos os lugares públicos (incluindo locais abertos) e carros onde as crianças estão presentes.
Apesar de radical, a intenção é boa, já que 20% das mortes anuais no país são em decorrência do fumo. Além de ajudar as pessoas a parar de fumar, o projeto visa evitar que crianças e adolescentes comecem a fumar.
Além dos consumidores e dos vendedores, os fabricantes também serão afetados, caso o projeto seja implementado. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o país quer fazer com que os produtores de cigarros comercializem o produto embalado em pacotes lisos, de cor marrom, sem imagem da marca, como é feito na Austrália.
O governo quer que a nicotina seja classificada como substância viciante, como as outras drogas, e ainda pretende que o cigarro seja considerado “medicamento”. Assim, ele teria que passar pelos mesmos rigorosos critérios de fabricação.
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