Fonte: O Globo
SÃO PAULO - O coronel Jorge Luiz Martins, de 56 anos, ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, que está sendo apontado como o autor de pelo menos nove mortes de usuários de drogas se apresentou à polícia no início da tarde desta sexta-feira. A Secretaria de Segurança do estado deve designar um delegado especial para cuidar do caso.
Os crimes seriam uma vingança pela morte do filho dele, que foi assassinado por bandidos drogados numa tentativa de assalto ocorrida no dia 26 de outubro de 2009.
A polícia está trabalhando com a hipótese do coronel ter sofrido um grande abalo emocional e ter sua saúde mental abalada. Isso o teria levado a cometer os crimes.
Na manhã desta quinta-feira, policiais estiveram na casa do coronel, mas não encontraram ninguém. O irmão do policial foi chamado para abrir o imóvel. Os policiais procuram pistas que possam ajudar a esclarecer o caso.
As mortes dos usuários de drogas começaram depois que o filho do coronel, então com 27 anos, foi assassinado. Ele estava levando a namorada para casa, quando foi abordado por duas pessoas, que estariam drogadas, e foi morto com dois tiros numa tentativa de assalto. Dois suspeitos chegaram a ser presos suspeitos da morte do rapaz, mas acabaram sendo soltos por falta de provas.
A partir daí começaram as mortes em série no mesmo bairro em que o jovem foi assassinado. As vítimas não tinham nenhuma relação com o crime. Uma das vítimas do coronel sobreviveu e afirma ter reconhecido o policial como o autor dos disparos. O comandante dos bombeiros foi reconhecido através de fotos mostradas à vítima, que também era usuário de drogas.
- Eu estava cruzando uma ponte, quando encontrei um cidadão com arma em punho. Ele me acertou com um tiro no peito e tenho a bala alojada até hoje. Ele chegou bem perto, de cara limpa, e pude ver o rosto dele. Depois, uma foto me foi mostrada e tenho certeza de que era ele. Me falaram que ele era o comandante dos bombeiros - disse o rapaz.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que qualquer ação investigada por parte do coronel é de caráter pessoal e não tem relação com a instituição.
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