do Globo.com
RIO - A Divisão de Homicídios investiga as mortes de Jorge Alex da Silva Cardoso, de 35 anos, e Atenildo Oliveira de Souza, de 28 anos, na noite desta quinta-feira, na Rua Doutor Francisco Fonseca Telles, na Taquara. Um amigo das vítimas contou na delegacia que elas foram obrigadas por policiais militares a beberem água com cocaína dentro da cabine da PM. Segundo a testemunha, os três foram detidos dentro de um ônibus da linha 760 (Curicica-Madureira) após um passageiro denunciar que eles estavam consumindo drogas.
O comandante do 18º BPM (Jacarepaguá), coronel Djalma Beltrami, confirmou que os três homens foram levados por três PMs para a cabine. O oficial, no entanto, disse que, segundo os policiais, os suspeitos foram liberados porque não foram encontradas drogas com eles:
- Fiquei muito preocupado com a versão contada pela testemunha porque os policiais envolvidos na ocorrência são recém-formados, têm cerca de um ano na corporação. Nenhuma versão será descartada. Tudo será investigado.
Segundo Beltrami, os três homens compraram cocaína no Morro do Cajueiro, em Madureira. Em seguida, eles pegaram o ônibus para Curicica. No caminho, teriam consumido cocaína, e um passageiro teria chamado a polícia. Na Taquara, três policiais entraram no ônibus e prenderam os homens.
Na versão dos policias, os três foram levados para a cabine da PM na Taquara, na Rua Nelson Machado, um lugar muito movimentado, onde foram revistados. A testemunha contou que foi liberada porque não tinha drogas com ela, mas que havia cocaína com seus amigos. Então, segundo essa pessoa, os policiais teriam misturado a cocaína à água e forçado os dois a beberem a solução.
Já o coronel Beltrami afirmou que Jorge e Atenildo saíram da cabine e foram beber num bar a cerca de 200 metros, onde passaram mal e morreram. Serão feitos exames toxicólogicos para saber se as vítimas ingeriram cocaína ou outra substância. Tatiane Santos, prima de Atenildo, disse que ele era pintor e que recebera ontem o salário de R$ 1.500. Segundo ela, o dinheiro sumiu. O delegado titular da DH, Felipe Ettore, diz que só vai comentar o caso em dez dias, quando ficam prontos os laudos toxicológicos das vítimas.
Quem deveria nos proteger .. nos mata.. tenho nojo de cocaina.. mais tenho mais nojo da nossa Policia... viciado é um doente e deve ser tratado como tal....Chega de impunidade..
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